Descaso

Farmácia Municipal altera horário

Distribuição de senhas para retirar medicamentos fornecidos pelo Estado agora é feita das 8h às 14h - duas horas e meia a menos do que antes

Gabriel Huth -

O horário para distribuição de fichas na Farmácia Municipal de Pelotas, localizada na Professor Araújo, está diferente: se antes o serviço era prestado das 8h às 16h30min, agora funciona no intervalo entre as 8h e as 14h. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a medida se deu por necessidade de organização. A alteração, porém, não tem agradado quem necessita do serviço. Em média, de 300 a 310 pessoas procuram diariamente o local para retirar medicamentos fornecidos pelo governo do Estado - a mudança não atinge quem necessite de remédios fornecidos pela prefeitura.

Dentre os cidadãos que utilizam a farmácia está Genisa Peduhn, produtora rural. Ela mora no distrito de Santa Silvana, a 15 quilômetros do centro de Pelotas, e todo mês renova o estoque de medicamentos. Com a redução do horário, se obriga a vir mais cedo e, consequentemente, perder uma manhã inteira de trabalho. Fernando Brum, atualmente desempregado, também reclama. “Não fui informado da mudança e vim do fim do Fragata para ficar sem ficha.”

Existem casos também de pessoas que intercalam tratamento e busca de medicamentos. É o caso da psicóloga Ivone da Cunha. Ela vai à Farmácia Municipal logo após realizar hemodiálise duas vezes por semana. “Para mim ficou ruim, muito apertado o tempo”, comenta, reclamando também do período de espera até ser atendida - das 9h às 11h.

Argumentação
Em contato com o Diário Popular, a diretora de ações da SMS, Eliedes Ribeiro, explicou que a mudança se deu pela necessidade de melhor organização do serviço. Segundo ela, quando a distribuição de fichas se estendia até as 16h30min muitas pessoas deixavam para procurar a farmácia no limite do horário, o que resultava em funcionários tendo de trabalhar até duas horas após o expediente. “Fizemos isso para diminuir o tempo de espera. O atendimento do Estado é diferente do município, cada pessoa tira mais medicamentos por vez, então demora muito mais”, argumenta.

Atualmente, cinco pessoas trabalham na distribuição de medicamentos do Estado na Farmácia Municipal - o número diminui em períodos de almoço. Sobre as críticas quanto ao tempo de espera, Eliedes afirma que o serviço depende da demanda - quanto mais medicamentos, mais um único atendimento demora. Ela recomenda que, no ato do cadastro, a pessoa já deixe claro eventual impossibilidade de comparecer ao local em determinado horário.

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